O Hospital da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) iniciou na última semana uma ação continuada de prevenção e combate ao assédio dentro do HU e do Hospital Universitário Materno-Infantil (Humai). Na quinta-feira (21) pela manhã, os coordenadores setoriais receberam um treinamento sobre os assédios plurais (moral e sexual) e o papel do líder na prevenção dessas práticas.
“O objetivo principal dessa ação é reconhecer que o assédio existe na instituição e que deve ser tratado por todos, com o objetivo de melhorar o clima de trabalho”, enfatiza o professor Ricardo Zanetti, diretor técnico do HU e idealizador da ação. A proposta de uma ação continuada com tolerância zero para o assédio é voltada para a saúde mental dos trabalhadores e a orientação qualificada sobre como agir em casos de assédio moral ou sexual. “A partir dessa decisão administrativa, foram criadas comissões para receber e acolher as pessoas que entenderem que foram assediadas e que estejam em sofrimento no trabalho”, conta Zanetti. “O caso é encaminhado para uma equipe de especialistas em assédio, com assistência jurídica e psicológica, que analisa o caso, toma as medidas administrativas e medidas judiciais”. Os profissionais que atuam nos hospitais poderão denunciar casos de assédio através de um link disponível na intranet, pelo e-mail hu.assedionao@uepg.br e pela procura pessoal.
Para Lucimara Nabozny, assistente social e participante da reunião inicial do projeto, a iniciativa dá resposta a demandas reprimidas, situações que ocorrem com colegas de trabalho e residentes que atuam no HU e Humai. “Senti como um aconchego, mesmo, essa busca pela mudança da cultura institucional, por se acolher essas demandas dos assédios, por poder falar sobre isso. Achei muito importante essa iniciativa”, avalia.
O tema se encontra em ampla discussão na sociedade e não poderia ser diferente nestes hospitais, segundo Sinvaldo Baglie, diretor geral do HU. “Ser provocado, no sentido do que a gente também concorda que precisa acontecer, nos faz tomar a atitude de desencadear processos internos que possam resultar em ações efetivas na prevenção e também na apuração, caso aconteçam formas de assédio”, relata. Na ação da última quinta-feira (21), os coordenadores dos setores puderam entender o que são os assédios plurais, para adequar suas condutas e também divulgar aos seus chefiados, além de criar um canal de comunicação para denúncias e um setor para que apure essas situações específicas.
Integrante do grupo que vai acolher as demandas de assédio na instituição, a chefe da divisão de Serviço Social, Inês Chuy Lopes, reforça que a comunicação sobre assédio é sempre delicada e deve ser tratada com cuidado e transparência. “Ter clareza dos processos de trabalho, do que é necessário ser feito, do que a gente espera dos nossos liderados, e eles também terem clareza de que a instituição espera do trabalho de cada um, vai fazer com que as pessoas se sintam menos expostas”, aponta. “Que a gente possa trabalhar de uma forma mais tranquila, mais clara, mais transparente para que todos se sintam inseridos nesse processo de trabalho e nessa instituição”.
O processo de mudança cultural nos hospitais da UEPG perpassa a formação de um ambiente ético e de valorização das pessoas, explica a diretora administrativa do HU, Eliane Rauski. “Este momento de mudança da direção e incorporação de uma nova unidade hospitalar merece nossa atenção especial”, destaca. “Crescemos muito no último ano e este crescimento desencadeia uma série de necessidades estruturais e comportamentais para que tenhamos sucesso. Este crescimento precisa ser balizado por nossos princípios e valores organizacionais”.
Além da criação do canal de escuta e acolhimento, de ações educativas sobre assédio e a criação de um setor para lidar com essas situações, a ação também envolve a veiculação de um vídeo produzido pela Coordenadoria de Comunicação da UEPG (CCOM) a partir do original do grupo de pesquisa “Gênero, Violências e Sistemas de Justiça”, de autoria da professora Maria Cristina Rauch. Na mesma temática, a Universidade conta ainda com a campanha “UEPG de olho no assédio”, organizada pela Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade (DAAD) da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae).
Divulgação/UEPG













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