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Brasil Mercado de trabalho

Relatório aponta as principais tendências do mercado de trabalho no Brasil para 2023

Primeiro relatório do Indeed em parceria com o Glassdoor revela quais serão as 5 principais tendências do mercado de trabalho para o próximo ano

29/11/2022 17h15
Por: Redação Fonte: Das assessorias
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Grandes inovações vêm ocorrendo recentemente no mercado de trabalho e, como forma de atender às grandes mudanças ocasionadas neste período, o Indeed, o site de empregos nº 1 do mundo, e o Glassdoor, líder global em insights de empregos e negócios, estão lançando o "Hiring & Workplace Trends 2023 Report” (em português, Relatório de Tendências no ambiente de trabalho e contratação para 2023). O estudo traz insights de vários países e revela quais serão as cinco principais tendências do mercado de trabalho e percepções sobre o futuro do trabalho. O relatório mostra que os empregadores devem estar preparados para a evolução das expectativas da força de trabalho em um mercado em constante mudança. 

“A COVID impactou profundamente a forma como trabalhamos. É fundamental que os líderes entendam que essas mudanças não são temporárias. Não haverá o retorno ao ‘normal’ que muitos parecem estar esperando”, disse Svenja Gudell, economista-chefe do Indeed. “As cinco tendências que identificamos abordam como será tanto o novo normal quanto o mercado de trabalho do futuro. Essas tendências são impulsionadas por dados concretos - dentro e fora de nossas organizações. Juntos, eles traçam uma imagem clara: olhando para além das mudanças no ciclo de negócios no curto prazo, a contratação continuará sendo um desafio nos próximos anos, impulsionada por dados demográficos e mudanças nas preferências”.

“Os últimos dois anos colocaram os líderes em gestão de pessoas à frente de suas organizações, enquanto equipes executivas ao redor do globo lutam para motivar e reter equipes em um mundo de trabalho cada vez mais volátil e em rápida mudança”, disse Aaron Terrazas, economista-chefe do Glassdoor. “Enfrentar os desafios do local de trabalho de amanhã requer uma abordagem voltada a entender por completo o que os funcionários desejam e precisam”.

Estas são as 5 principais tendências observadas pelo Indeed & Glassdoor:

#1. Escassez de profissionais continuará impactando contratações

Os dados mostram que a contratação continuará sendo um desafio em certos setores por muitos anos, já que é possível que a escassez na oferta de mão de obra que é enfrentada hoje, persista. A escassez de profissionais tem um impacto grande no ambiente de trabalho como um todo, não apenas a contratação será mais difícil, mas também os funcionários terão mais poder para influenciar mudanças dentro das empresas.

“A alta demanda e a escassez de profissionais possibilita que os colaboradores escolham onde querem trabalhar, o que evidencia para as empresas a importância de reter os talentos atuais”, afirma Felipe Calbucci, diretor de vendas do Indeed no Brasil. “Uma forma de as empresas começarem a resolver esse problema de escassez é atrair profissionais do exterior ou oferecer flexibilidade em âmbitos como jornada de trabalho, que é fundamental para atrair e manter os melhores candidatos”, acrescenta.

#2. O trabalho remoto veio para ficar

O lockdown global devido a COVID-19 tornou o trabalho remoto essencial para a vida e, mesmo com o fim da necessidade urgente de se trabalhar em casa, a possibilidade e a opção de trabalhar de qualquer lugar ganham força. Embora alguns trabalhos precisem ser realizados presencialmente, a mudança para o trabalho remoto não pode ser negligenciada. O trabalho remoto continuará a prosperar nas empresas onde isso é uma opção. Além disso, segundo pesquisa do Indeed¹ no Brasil, 65% dos entrevistados se consideram mais produtivos trabalhando de casa.

Em outras palavras, essa tendência também afetará as empresas que não podem se adequar ao trabalho remoto, pois os indivíduos que trabalham em empregos não remotos podem buscar diferentes oportunidades que ofereçam esse benefício, dificultando ainda mais a contratação para trabalhos não remotos. Portanto, os empregadores que tentam preencher vagas presenciais encontram-se em desvantagem.

#3. À medida que os trabalhadores buscam salários mais altos, os benefícios podem ser um diferencial

As prioridades dos funcionários estão mudando, incluindo salários e benefícios, com a inflação desempenhando um papel fundamental nisso. Isso vale para todos os empregos, não apenas aqueles que tradicionalmente oferecem benefícios. O acesso à cobertura de saúde mental, por exemplo, está crescendo em todos os setores econômicos.

Outra pesquisa recente realizada pelo Indeed no Brasil² revelou que 69% dos entrevistados consideram benefícios como plano de saúde, auxílio transporte, alimentação e licença parental como os fatores mais importantes para aceitar uma oferta de emprego. Os benefícios, portanto, fornecem aos empregadores maneiras de diferenciar suas organizações e tornar suas ofertas de emprego mais poderosas.

#4. Felicidade e bem-estar importam

A cultura da empresa provou ser valiosa para atrair e reter funcionários e pode ser usada como uma estratégia para os empregadores se diferenciarem ainda mais de seus concorrentes. Um estudo recente do Indeed nos EUA descobriu que 46% das pessoas dizem que suas expectativas de felicidade no trabalho aumentaram no ano passado e 86% dizem que o modo como se sentem no trabalho afeta como se sentem em casa.

Orientados pelos principais especialistas em felicidade e bem-estar, os dados de felicidade no trabalho do Indeed apresentam as principais dimensões que contribuem para o bem-estar: pertencimento, inclusão, flexibilidade, confiança, valorização, crescimento, inteligência emocional, compensação justa, energia, satisfação, tranquilidade, realização e senso de propósito.

#5. Mudanças na força de trabalho promovem diversidade, equidade e inclusão

Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) permanecerão top of mind, pois os funcionários continuam a se preocupar profundamente com essas iniciativas. De acordo com pesquisa realizada pelo Indeed no Brasil, 56% dos entrevistados considerariam mudar de emprego devido a discriminação ou assédio, consigo mesmo ou com outras pessoas no ambiente de trabalho.

A promoção de políticas e programas para a participação e valorização desses grupos em diferentes áreas, cargos e funções envolverá também formações, experiências, habilidades e conhecimentos diversos, potencializando a capacidade de inovação e cooperação das equipes e da organização como um todo.

Criar uma equipe dedicada ao desenvolvimento de DEI é uma forma de exercitar práticas de diversidade. Essa equipe pode analisar a situação atual da empresa e estabelecer iniciativas em direção a um ambiente inclusivo. É importante incluir funcionários de todos os níveis e formações para garantir que a equipe seja a mais diversificada possível.

Em resumo, Calbucci explica que é fundamental que os líderes entendam as mudanças e que elas não sejam temporárias. "Agora, mais do que nunca, o sucesso empresarial está relacionado à felicidade de sua força de trabalho. Além de um salário competitivo, fornecer benefícios de alto nível, uma cultura empresarial positiva e envolvente e um compromisso com as iniciativas da DEI serão essenciais para atrair talentos em um ambiente competitivo e em constante mudança. E é isso que o relatório destaca”, disse.

 

¹Metodologia
A pesquisa foi realizada pela Indeed com 858 trabalhadores brasileiros para investigar o sentimento sobre transparência salarial, satisfação no trabalho, bem-estar, modelo de trabalho híbrido/remoto, diversidade e inclusão. A pesquisa foi conduzida através de um painel online em maio de 2022.

²Metodologia
A pesquisa do Indeed foi conduzida com 840 trabalhadores brasileiros para investigar as preferências e prioridades do ambiente de trabalho e mercado de trabalho. A pesquisa foi conduzida online em agosto de 2022. Para comparar os resultados entre a Geração Z e os Millennials, consideramos a noção do Pew Research Center, que define Millennials como aqueles nascidos entre 1981 e 1996, e Geração Z entre os nascidos a partir de 1997. Responderam à pesquisa 408 pessoas da Gen Z (entre 18-25 anos) e 432 Millennials (26-41).

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