Uma festa marcada pela devoção, fé e gratidão. Essa foi a tônica presente na missa solene em honra a rainha e padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, durante celebração no Parque Lacustre, em Castro, na manhã de terça-feira (12). Antes mesmo do início da celebração, devotos das quatro paróquias - Sant'Ana, Rosário, Perpétuo Socorro e São Judas Tadeu- saíram das suas comunidades, em procissão em direção ao Lacustre, onde já se concentravam outras centenas de pessoas, muitas delas vindas de capelas e comunidades do interior.
No palco central, ao lado da imagem de Aparecida, sacerdotes concelebraram a missa, que foi presidida por padre Adriano Sacardo - eleito recentemente como Superior Provincial da Congregação Cavanis no Brasil.
Diferente de anos anteriores, os cânticos litúrgicos ficaram a cargo de sacerdotes: padres Franco (São Judas), Álvaro (Sant'Ana) e Frei Osmar (Rosário). Apesar do dia amanhecer nublado, com possibilidade até de chuvas, devotos compareceram em bom número, boa parte deles saudosos das celebrações presenciais.
O que se viu foi a obediência rigorosa a todo o protocolo imposto pela Covid-19 - distanciamento social e uso de máscara. A dona de casa Ivone Gomes, da Paróquia do Rosário, revelou a sua alegria em poder participar da festa católica. "Me sinto muito feliz e agradecida por poder estar hoje aqui, celebrando nossa padroeira", destacou.
Coroação
Carregando bandeirolas nas cores branco e azul, alguns devotos vestiam camisetas com estampas da imagem da padroeira. Ao final do momento eucarístico, a exemplo da última celebração, barqueiros encenaram o resgate de uma réplica da imagem da santa nas águas do lago, como ocorreu em 1.717, quando ela foi recolhida do rio Paraíba do Sul, em São Paulo. A imagem foi levada para o palco principal pelos próprios barqueiros. A dona de casa Aurelina Nunes, de 79 anos, pela segunda vez personificou a santa e apareceu vestida com o manto de Nossa Senhora Aparecida, emocionando a todos. Devota fiel, ela mesmo também se emocionou.
A coroação foi feita pelos próprios barqueiros, simbolizando as figuras de Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves, pescadores que resgataram a imagem de barro. A encenação encerrou a solene festa.
Divulgação/Diocese de PG