Famoso pelo alto IDH e ótima qualidade de vida, o município de Curitiba foi considerado o mais inteligente do Brasil, com alto potencial para empreendedorismo, tecnologia e inovação, de acordo com o Ranking Connected Smart Cities 2022. O mapeamento avalia informações de todos os municípios brasileiros com população acima de 50 mil habitantes e determina quais deles são os mais desenvolvidos e conectados. De 2021 para 2022, Curitiba deixou de ser a terceira colocada para ocupar o primeiro lugar no pódio, se consagrando como a principal Smart City do País.
O ranking considera 75 indicadores separados em 11 eixos, como mobilidade, urbanismo, tecnologia e inovação, segurança e economia, saúde, entre outros. Assim como já acontece em muitas cidades de países desenvolvidos, Curitiba instalou câmeras de monitoramento em vários pontos - no centro, dentro dos bairros, em terminais de ônibus, escolas, praças, parques e radares de trânsito. Em apenas um ano e meio de funcionamento, as ocorrências de crimes chegaram a reduzir 40% em locais monitorados, segundo informações da Prefeitura.
Justamente por sua infraestrutura invejável e segurança, a capital paranaense recebe milhares de turistas todos os anos, inclusive, o número de visitantes cresceu na região. Só no ano passado, a Linha Turismo contabilizou mais de 25 mil passageiros pagantes em julho, 33% mais do que em 2019, antes da pandemia.
Conforme explica Eduardo Vargas, Business Development Manager da Graymatics, a utilização de tecnologia de ponta para monitorar e controlar informações sobre o trânsito, circulação de pessoas e outras variáveis ligadas à segurança é um dos fatores-chave para a boa colocação da cidade.
“O exemplo de Curitiba nos mostra o quanto as Cidades Inteligentes são capazes de atrair atenção em nível nacional, aquecendo inclusive o setor de turismo local. Quanto mais dados são mapeados, mais informações ficam à disposição para analisar e definir otimizações, e a inteligência artificial pode ajudar bastante com isso”, afirma. “Embora Curitiba esteja no topo desta lista, é preciso ressaltar que o Brasil está apenas engatinhando neste segmento. Ainda há muito o que fazer, não só em Curitiba e suas indústrias regionais, como em todas as regiões do Brasil.”
O especialista pontua quais são algumas das aplicações da tecnologia de processamento multimídia de imagens com IA para criar Cidades Inteligentes, como:
1. Alertas antecipados: mesmo com o acompanhamento por vídeo 24 horas, é preciso contar com uma pessoa assistindo às imagens e sinalizando situações de risco, mas se a área for monitorada por câmeras com IA, em tempo real, o próprio sistema identifica o ocorrido de forma automática e integra automaticamente com os diversos serviços de segurança, saúde e utilidade pública, otimizando o tempo de resposta das autoridades;
2. Tráfego nas ruas e estradas: a IA consegue detectar infrações (como falta de uso de capacete e desrespeito aos limites de velocidade, por exemplo), evitando a impunidade de condutores imprudentes, além de enviar informações sobre objetos na pista, assim como suas condições (se há neblina ou espelhos d’água no asfalto);
3. Paramédicos e Bombeiros: assim que um acidente acontece, o sistema identifica e reporta de forma automática, sem que alguém precise chamar uma ambulância, o que acelera a chegada dos socorristas;
4. Segurança nas ruas: a capacidade de redução de criminalidade na cidade seria ainda maior com o auxílio da IA, que aciona a polícia automaticamente quando percebe assaltos, comportamentos suspeitos ou agressões;
5. Limpeza e organização: pessoas que jogam lixo nas ruas podem ser identificadas no momento do ato graças a esta funcionalidade, o que ajuda a manter a cidade mais limpa.
A solução de Cidades Inteligentes da Graymatics, capaz de detectar e alertar sobre essas e outras situações é denominada ‘Urban Vision’, e combina tecnologia de ponta com monitoramento por vídeo, IA, Machine Learning e Big Data Analytics - o sistema pode ser instalado em câmeras fixas ou em drones.
“Uma Cidade Inteligente é aquela que sabe extrair benefícios da tecnologia, transformando seus dados coletados em ações inteligentes capazes de poupar tempo, aumentar a segurança e melhorar a circulação nos espaços públicos. É muito bom ver que estamos avançando com o uso de inteligência artificial, machine learning e big data analytics no Brasil e espero que, nos próximos anos, Curitiba avance ainda mais nesse sentido e se posicione como uma cidade-modelo para as demais”, finaliza o executivo.