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Com tantas goteiras no telhado, 'Palácio de Vidro' está à beira de tornar-se uma choupana

Um apanhado geral do que esperar, ou não, desta segunda semana de 2022, ano que está apenas começando

09/01/2022 às 12h14 Atualizada em 11/01/2022 às 10h56
Por: Malvado Osvaldo
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Reprodução/Internet
Reprodução/Internet

Há muito tempo que sinto que nossa democracia ainda é uma adolescente rebelde. Está ainda se descobrindo, com ares de adulta e madura, porém não sabe lidar com os estilhaços de seus pontapés quando contrariada. Prova disso é a crescente polarização política que toma conta do rincão nacional, o que lhe obriga a ser do céu ou do inferno - deixando zero espaço para um possível purgatório.

Não sei se o inteligente leitor concorda, mas ainda temos um caminho bastante largo para percorrer - atingindo assim - a maturidade das democracias dos países antigamente chamados de "primeiro mundo".

'AUTO' CRÍTICA

Não seria má a ideia de instalar no poder público municipal uma espécie de avaliação constante e independente das políticas públicas adotadas. Como se sabe, a gestão municipal não vai bem e - sinceramente - ninguém teve coragem de dizer à sua majestade - que algo precisa mudar com certa urgência, para ser bem mais delicado. O grande problema de grandes empresas e também da gestão pública é o fator bajulação. Cada um, comprometido em garantir seu dinheirinho e seu carguinho jamais coloca questões cruciais para melhorar algo na esfera pública. Por isso, tudo continua sempre muito ruim. Por exemplo: alguém perguntou à sua majestade 'o que faremos para melhorar a saúde em 2022?' ou ainda 'poderíamos diminuir comissionados em departamentos não essenciais?' Mas não. Tudo continua embaçado no palácio de vidro, onde até o telhado já está ofuscado com tanto limbo.

A exemplo disso, poderíamos ter algo como o CMAP um organismo independente que avalia tecnicamente o impacto de cada decisão da esfera pública. Auto crítica nunca funcionou muito bem (como mencionamos na linha acima). Mas era importante ter um dedo apontando para as feridas, para melhorar o que existe.

PERSPECTIVA 2022

Lilibeth Schimidt começa o ano com muitas goteiras no telhado para resolver. Ainda não desceu no gogó a generosa ajuda que concedeu à empresa responsável pelo transporte coletivo e a consequente manutenção de um sistema (des)integrado de transporte. Além disso a desorganização da saúde também está chiando muito na cascavel das chapadas. Não se sabe qual cano deverá estourar primeiro, mas vale lembrar que estamos em ano eleitoral e por aqui deverá desfilar muitas autoridades pretensas à cadeira do Camundongo.

TV EDUCATIVA

Ficou para este ano decidir os destinos da tv pública cuja concessão pertence à Fundação Educacional de Ponta Grossa (FUNEPO). O indigesto assunto deverá voltar à baila nas próximas semanas numa tentativa desesperada da Prefeitura Municipal enxugar seus gastos e - consequentemente - mirar firme na aprovação das contas. Porém, perdoem-nos a pergunta indigesta: não seria melhor direcionar as verbas publicitárias para a emissora pública ao invés de simplesmente tratá-la como estorvo? Vale lembrar que o trabalho realizado nos últimos anos da gestão do Imperador Rangel deu à TVE uma roupa nova, digna de uma emissora de tv. Fortalecendo seu comercial e tornando-a uma excelente opção de investimento publicitário, quem sabe num futuro próximo a maior parte da verba não viesse da iniciativa privada, por meio de anúncios?

QUEBRADEIRA

Por fim, não posso deixar de pingar a dose de meu colírio cítrico: uma conhecida marca da região atravessa uma profunda crise que, segundo comentários, pode ser a mais séria de todos os tempos. Parece que até seus proprietários resolveram se exilar, sem argumentos ao ver o barco afundar. Preocupante para o corpo de colaboradores que custaram a receber seus vencimentos no exercício anterior. Para o mercado, tudo mantido nas aparências, mas só quem está lá dentro sabe o deus-nos-acuda que tem sido trabalhar sob a pressão de saber se haverá um amanhã. Dizem por aí que quem planta colhe: talvez seja a colheita, segundo bocas pequenas.

Continuaremos atentos, vigilantes. E torcendo para chegarmos ao fim da semana vivos e movendo-nos...!

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