Em uma decisão unânime, os trabalhadores da Viação Campos Gerais (VCG) outorgaram ao Sindicato dos Trabalhadores do Transporte de Passageiros (Sintropas) plenos poderes para adotar todas as medidas necessárias — incluindo paralisações e ações judiciais — para resolver os intensos problemas nos horários das linhas de ônibus da cidade. A deliberação ocorreu durante uma Assembleia Geral Extraordinária realizada às 4h30 desta segunda-feira em frente à garagem da empresa.
O Sintropas comunicará a VCG e a Prefeitura por meio de ofício ainda nesta segunda-feira, solicitando uma solução urgente para os itinerários problemáticos. O aviso é claro: caso não haja resposta imediata, o transporte coletivo pode ser paralisado em até 72 horas.
Luizão, presidente do Sintropas, destacou o drama enfrentado pelos motoristas: eles trabalham sob extrema pressão para cumprir horários artificialmente curtos — e, caso não consigam, são retirados da escala. “O motorista está trabalhando desesperado para cumprir o horário e, se não cumpre, a empresa o retira da escala. Isto não pode mais ser aceito”. O dirigente reiterou a esperança de que Prefeitura e empresa colaborem para evitar uma paralisação — mas confirmou que a segurança dos motoristas e usuários será prioridade e, se necessário, a greve será deflagrada.
Desde 16 de agosto, o sindicato já havia emitido alerta sobre a possibilidade de greve se as negociações não avançassem, apontando condições de trabalho insustentáveis. A convocação para a assembleia aconteceu no dia 24 de agosto, com o Sintropas reunindo trabalhadores em frente à garagem da VCG com o objetivo de deliberar sobre medidas como paralisações, greves ou ações judiciais.