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Dos domingos em família à era do streaming: Qual é o futuro da TV?

Como a mudança de hábitos transformou a forma como consumimos conteúdo audiovisual e o que esperar da TV 3.0

24/08/2025 08h00 Atualizada há 18 horas
Por: Camila Monteiro

Nos anos 90, os domingos eram sinônimo de família reunida na sala de estar, todos em frente à televisão. Era o momento de assistir a programas favoritos, novelas, filmes e esportes, criando uma rotina quase ritualística que unia gerações. A TV aberta dominava o mercado, com horários fixos e poucos canais, mas com enorme poder de influência cultural.

Hoje, essa cena é quase nostálgica. O hábito de “sentar juntos diante da TV” foi profundamente transformado pelo avanço da tecnologia e pelo surgimento de novas plataformas de consumo de mídia. O crescimento do streaming mudou completamente a maneira como assistimos a conteúdos. Serviços como Netflix, Amazon Prime Video, Disney+ e outros oferecem o que o público deseja, quando deseja, quebrando a rigidez da programação tradicional.

O declínio da televisão tradicional é evidente. Segundo pesquisas recentes, o consumo de TV linear vem caindo a cada ano, especialmente entre jovens. O público busca flexibilidade, variedade e conteúdo sob demanda, o que explica o sucesso crescente do streaming. Além disso, os hábitos de consumo agora estão conectados a dispositivos móveis, tablets e smart TVs, tornando a experiência mais individualizada.

Domingos que Viraram Memória

Nos anos 90, o domingo era sagrado: toda a família reunida na sala, conversando, rindo e assistindo à TV. Sem smartphones ou streaming, cada programa era um ritual. Ícones como Silvio Santos, Faustão, Gugu Liberato e Ratinho marcaram gerações e transformaram a TV aberta em parte da vida cotidiana.

O Fim da TV Tradicional?

A tecnologia mudou tudo. O streaming trouxe flexibilidade, personalização e conteúdo sob demanda:

  • Netflix, Amazon Prime e Disney+ permitem que cada membro da família escolha o que assistir, quando quiser.

  • Smartphones, tablets e smart TVs transformaram a experiência em algo cada vez mais individual.

  • Programas ao vivo perderam espaço para séries, filmes e documentários sob demanda.

A chamada 'programação linear' aos poucos vai perdendo seu espaço para o que cada telespectador procura no seu tempo. Antes, o hábito era sentar-se todos juntos no mesmo horário - afinal não havia meios de ver o programa depois. Hoje, já é muito comum encontrar os programas para assistir em plataformas pagas ou gratuitas de streaming. É o telespectador que define o dia e a hora de sua programação.

Em meio à esta selva, a TV respira com ajuda de aparelhos. Programas que antes davam 30, 40 - às vezes 50 pontos de audiência - hoje comemoram se atingem os 17, 20 pontos. Um pouco se deve ao aumento da oferta em relação aos idos de 90, já que haviam poucas emissoras. Hoje, com farto conteúdo em toda parte e com as facilidades tecnológicas, a TV pouco à pouco está buscando moldar-se a um formato ainda indefinido. Não deverá acabar, mas precisará se reinventar.

 

A TV 3.0 seria uma oportunidade?

A chegada da TV 3.0 promete uma nova revolução. Diferente da TV tradicional e do streaming atual, a TV 3.0 combina interatividade, inteligência artificial e personalização em tempo real. Ela pretende unir o melhor dos dois mundos: a experiência social da TV tradicional e a flexibilidade do streaming. Algumas emissoras já pleiteiam apoio do governo para a transição tecnológica, preparando o terreno para um futuro em que a programação poderá ser personalizada, interativa e integrada a redes sociais e serviços digitais.

Apesar da mudança de hábitos, a nostalgia dos domingos em família ainda tem valor. A lembrança de Silvio, Faustão, Gugu e Ratinho nos faz refletir sobre como programas icônicos criavam experiências compartilhadas. Hoje, conteúdos que promovem experiências coletivas, como eventos esportivos e grandes lançamentos, continuam atraindo audiência, mesmo na era digital. O desafio, agora, é equilibrar inovação tecnológica com experiências que criem vínculos e memórias afetivas.

 

 

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