A COP30, 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, será realizada em Belém (PA) entre 10 e 21 de novembro de 2025. O evento coloca o Brasil e a Amazônia no centro das discussões globais sobre mudanças climáticas, transição energética e preservação ambiental.
O governo brasileiro garante que a cidade possui infraestrutura adequada para receber cerca de 50 mil participantes, incluindo líderes mundiais, especialistas ambientais e imprensa internacional. Belém oferece 53 mil leitos e dispõe de um grupo de trabalho especial para coordenar hospedagem, transporte e segurança.
Apesar disso, a logística apresenta desafios. A construção da Avenida Liberdade, que facilitará o acesso ao evento, atravessa áreas de floresta protegida, gerando controvérsias ambientais. Estruturas temporárias ainda serão finalizadas às vésperas do evento, mantendo atenção da comunidade internacional sobre a organização.
O alto custo de hospedagem em Belém já impacta algumas delegações, que reduziram suas equipes ou buscam alternativas. Apesar das declarações do governo brasileiro sobre soluções acessíveis, especialistas destacam que a cidade ainda precisa lidar com desafios de mobilidade urbana, transporte público limitado e disponibilidade de serviços para atender visitantes de forma eficiente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressalta que realizar a COP30 em Belém reforça o compromisso do Brasil com a proteção da Amazônia e a liderança climática global. Os principais temas incluem:
Implementação do Acordo de Paris
Financiamento climático para países em desenvolvimento
Transição energética justa
Preservação da biodiversidade amazônica
A COP30 representa não apenas um evento diplomático, mas também um teste de capacidade do Brasil em organizar grandes conferências ambientais, equilibrando logística, sustentabilidade e inclusão. A atenção da comunidade internacional permanece voltada para os preparativos e soluções adotadas para garantir que a conferência seja um marco na luta contra as mudanças climáticas.
A escolha de Belém para sediar a COP30 gerou debate acalorado no Brasil e no exterior. Nacionalmente, críticos apontam que a infraestrutura e os altos custos podem prejudicar a participação plena de delegações e imprensa. Internacionalmente, países e organizações ambientais acompanham com atenção os preparativos, questionando se a cidade está realmente pronta para sediar um evento de escala global.
Por outro lado, defensores destacam que a realização da COP30 na Amazônia reforça a visibilidade da região e coloca o Brasil em posição de protagonismo nas discussões ambientais, mostrando desafios reais da preservação florestal e incentivando soluções de longo prazo.
Embora a COP30 seja estratégica para o protagonismo do Brasil na agenda ambiental, os desafios logísticos, os custos elevados e a pressão internacional sobre a infraestrutura da cidade levantam dúvidas sobre a execução do evento. A conferência será um teste não apenas de compromissos climáticos, mas também da capacidade do país em organizar grandes eventos internacionais com transparência, inclusão e sustentabilidade.
A atenção da comunidade internacional permanece voltada para soluções concretas que garantam que a COP30 seja um marco positivo na luta contra as mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que equilibre visibilidade e realidade operacional.