Já são 12 grupos oficializados na Diocese do Movimento Mães que Oram pelos Filhos. O último a ser instituído é o da Paróquia São José/Santuário Diocesano de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, iniciado na terça-feira (29), na presença de 50 mulheres, da coordenadora diocesana, Ellen Cristina Sabu, e das coordenadoras paroquiais Adriana Domingues Caspechaque e Marcia Buturi. Este primeiro encontro foi de muita comoção. A entronização da padroeira do Movimento, Nossa Senhora de La Salette, as orações, os cantos. Tudo corroborou para um momento de fervor e intercessão.
Programado para acontecer em uma das salas do centro pastoral, o encontro deve ser transferido, na próxima semana, para o salão paroquial, tamanha a procura. Inicialmente marcado para às 18 horas, a reunião atrasou alguns minutos até que todas as mulheres fossem acolhidas e instaladas. Foi preciso trazer cadeiras de outras salas e abrir espaço. A entronização e bênção de Nossa Senhora de La Salette, a meditação da Palavra e a reza do terço – um terço com mistérios e jaculatória próprios, emocionantes – unem as participantes em um ambiente de profunda espiritualidade, regado a belos cânticos que lembram o amor de Maria e seu poder de intercessão junto a Jesus, seu filho.
Ellen Cristina Sabu, coordenadora diocesana do Movimento, contou que várias paróquias estão com dificuldade de oficializá-lo, algumas porque contam com grupos de uma iniciativa parecida, mas não reconhecida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. "Em uma carta, Dom Sergio (Arthur Braschi, bispo emérito) pediu para que os grupos fossem oficializados junto à Diocese, dentro da necessidade de se trabalhar em unidade. Precisam também perceber a importância de seguir os momentos litúrgicos. Foi uma alegria ver o grupo formado na São José, depois de estamos tentando desde o ano passado. Eram muitas paroquianas pedindo, mães que precisam...por isso não desistimos. Quando a ação do Espírito Santo se manifesta, homem algum impede", argumentou Ellen.
O documento citado pela coordenadora é a carta de reconhecimento do Movimento Mães que Oram pelos Filhos, datada de fevereiro deste ano, assinada pelo bispo emérito, onde registra que acolhe o pedido de Ellen e o formaliza. A carta cita que o Movimento foi fundado em 2011, por Angela Abdo, na Arquidiocese de Vitória (ES), e tem como carisma a restauração das famílias pelo poder da oração e da intercessão. "Um movimento eclesial católico que auxilia as mães através da oração e da evangelização. Acreditamos e incentivamos este Movimento, com a certeza de que muitas famílias e mães serão restauradas. Dou minha bênção e desejo graças a todas as pessoas envolvidas, pela intercessão da padroeira Nossa Senhora de La Salette", enfatizou Dom Sergio.
O pároco da São José e reitor do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padre Casemiro Oliszeski, considerou muito bom que as mulheres tenham aderido ao Movimento. "Vamos dando passos, vamos caminhando, ainda que sem criar uma expectativa exagerada. Primeiro, temos que ver quem de fato vai perseverar", avaliou.
História
O Movimento Mães que Oram pelos Filhos é um grupo que existe desde 2011 no Brasil e já se espalhou pelo mundo. E, 2019, foi reconhecido pela CNBB. Os grupos têm como base a obediência, a unidade e a humildade. "Caminhamos em unidade com a Igreja e devemos obediência ao Papa, aos bispos, à Diocese, paróquias e coordenação nacional do Movimento. Temos como carisma restaurar as famílias pelo poder da oração e da intercessão", detalhou Ellen.
De acordo com a coordenadora, na Diocese, o Movimento iniciou em 2020, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Castro. Na sequência, surgiram dois grupos na Paróquia São Francisco, um na matriz e um na Capela Santa Edwiges. Em 2023, foi oficializado o grupo da Capela São Leopoldo da Paróquia São Sebastião, em Ponta Grossa. Há um grupo na Paróquia Senhor Menino Deus, em Piraí do Sul. Este ano, 2024 houve mudança na coordenação diocesana do Movimento, que iniciou um trabalho de divulgação e expansão dos grupos, providenciando a sua implantação e oficialização em várias paróquias. "A ideia é unir um exército de mães que oram juntas para se fortalecerem e interceder pelos seus filhos", resume Ellen Sabu.